sobre relaxamento e meditação:

19 de jun. de 2008

Reciclando o lixo interior..

Primeira Parte:


Resultado de competitividade sem fim, as pessoas estão a cada dia que passa acumulando doenças psicológicas. Cobranças frenéticas que vêm do trabalho, do chefe, do lar, dos filhos, da escola, dos amigos, e o resultado disso é que as pessoas vão acumulando, no decorrer do tempo, aquilo que se denomina “lixo interior” que, em outras palavras, pode ser sinônimo de sentimento de raiva, amargura, vingança e inveja.
Esses sentimentos só aguçam as pessoas a ver o lado ruim das coisas e a intensificá-los ao máximo. Isso faz com que só falem do que é negativo na vida, sem que ao menos possam perceber que o ato de reclamar virou prazer.

Não é raro, em nosso dia-a-dia, depararmos com pessoas amargas, mal humoradas, com olhos fundos e sem brilho, que fazem os outros, sem saber o porquê, se afastarem delas. Afinal, todos nós temos problemas, porém devemos administrá-los da melhor maneira possível, sem que, para isso, precisemos agredir o próximo. Esta agressão, embora não seja verbal, não deixa de ser psicológica e que, por isso, transmite uma espécie de ondas negativas.

O pior de tudo é que pessoas assim acabam se afastando do trabalho com sintomas de doenças psíquicas, com sensação de ansiedade e depressão. E esse afastamento só piora um quadro que já é grave, pois aumenta a sensação de incredulidade, de incapacidade e de solidão.

Se pararmos para pensar, podemos observar o mal que sentimentos negativos e mesquinhos acarretam a quem os sente e a quem os recebe. O orgulho é tão permissivo que conduz o indivíduo ao isolamento social; a inveja é sinônimo de pobreza de espírito, que só leva a pessoa ao sofrimento pela sensação que tem de incapacidade (e na verdade não é nada disso – ele pode, se quiser). Todo ser humano amargurado vive com a alma em prantos e, quando isso cria raízes no coração, produz ressentimento e tristeza que acarreta um olhar que perde o brilho, o sentido da vida e do mundo.

O ódio é prejudicial e desnecessário à vida e quanto mais é alimentado, menos chance de felicidade terá quem o sente e o cultiva. Nós não nascemos para cultivar sentimentos negativos, o que negaria nossa humanidade. Nos tornamos assim - talvez em decorrência das cobranças sem limites que fazemos a nós mesmos, das preocupações excessivas -, e o que é pior, às vezes não percebemos que todos esses sentimentos tomaram conta de nós.